O amor e o piquenique

 

"(...) há tamanha solidão no mundo

que você pode vê-la no movimento lento dos

braços de um relógio(...)”Charles Bukowski

 

Por Henrique Menezes e Vinícius Toscano

 

Há anos Bukowski nos alertava, a pressa seria inimiga da perfeição, digo, do amor. A rotina do indivíduo, hoje, é mais que anormal. É raro alguém que cumpra às oito horas de sono prescritas medicamente. A busca pelo sonho, pelo dinheiro, pelo corpo perfeito, pela sobrevivência, cega olhar para os lados, claro, não estou generalizando, mas ao mesmo tempo, em algum tópico, se encaixará.

 

Buscando a aproximação entre os outros, o esquecimento do relógio, da corrida, do trabalho e da estressante rotina que nos mata pouco a pouco a cada dia, o coletivo, Desestressa BH, criou o “Piquenique do Amor”. Com a intenção de revigorar aquilo que mais vem faltando ultimamente nas pessoas, à ideia de juntar e aproximar seres humanos em tempos de grande distância é algo fantástico.

 

Como o próprio nome diz, o amor é o que move. A revitalização do amor nas pessoas é a chave fundamental para mudar o planeta. O evento criado para gerar alegria e gentileza entre as pessoas teve sua primeira edição no dia do trabalhador, em 2013.

 

Uma data bem propícia. Se a intenção era a de desestressar por causa do trabalho, a iniciativa deu certo. Tão certo que o “Piquenique do Amor” já teve cinco edições. O evento já passou pela Praça do Papa e também pela Praça das Mangabeiras. Todos contaram com um clima extremamente agradável, um grande número de crianças se divertindo com os pais e até mesmo música ao vivo.

 

Para a realização do evento, o coletivo teve que se desdobrar. Depois do 2º Piquenique do Amor, a falta de verba impossibilitava o sonho de organizar outros. Através de doações, principalmente as que foram feitas pelo site “Catarse”, o Desestressa BH juntou a verba necessária para os outros três eventos.

 

O “Piquenique do Amor”, hoje, pode ser considerado um dos eventos mais consolidados de Belo Horizonte, por causa da sua irreverência, alegria, e ao zelo pela construção do sentimento mais bonito do homem, o amor.