
Crédito: acervo da Casinha

Crédito: acervo da Casinha
Grupo traz de volta a capoeira de raiz
“Casinha” é um dos únicos locais de Belo Horizonte que mantém a essência da capoeira, vinda da cultura negra
Por Alex Moura e Lorena Franco Milo
Mais que uma luta, a Capoeira é uma dança jogada pelos escravos. A prática é um mix de diferentes manifestações culturais como a dança, a música, a dramatização, a brincadeira, o jogo e a espiritualidade. Na roda, todos são únicos. Todos têm o seu espaço e se respeitam. A palavra capoeira tem como origem o Tupi Guarani e significa uma forma de preparo do solo para o replantio, em que os negros ali se encontravam para prática do N'golo.
O espaço cultura “Casinha” , localizado no Barro Preto em Belo Horizonte, tem como tradição, há 10 anos, levar a Capoeira Angola a todos que se interessam pela prática. De acordo com mestre Mucergo, responsável pela atividade no local, a capoeira ensinada ali não é um esporte. “Quem vem aqui busca o autoconhecimento. Não apenas um corpo bacana. Então, as nossas aulas são diferentes das oferecidas em academias”, conta o professor.
Formado em Educação Física, além de músico, mestre Mucergo começou ensinando alunos na Universidade Federal de Minas Gerais. Após o término do curso, esses procuravam o professor para a continuação da capoeira. Assim, Murcego implantou, em 2001, a dança na Casinha.
De lá pra cá, essa é uma das atividades mais procuradas no local. Para a prática é necessário disciplina e ética. “Inicialmente, a Angola pode parecer mais branda, por ser mais jogada e, então, devagar. Porém, é necessário o cuidado com o adversário. É natural as coisas esquentarem e os nervos aflorarem. Por isso, sempre pregamos a filosofia da paz. O intuito não é, e nunca será, brigar”, conta mestre Murcego.
Ficou interessado e quer saber mais? Ouça mais sobre o assunto e saiba quem são os ícones da Copeira de Angola.
Para saber mais sobre a Casinha, acesse o site oficial e faça uma visita.